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O Brasil na guerra comercial

As tarifas americanas mais altas foram aplicadas contra países com os quais os Estados Unidos têm grandes déficits comerciais. Essa diferença pode criar oportunidades para o Brasil. O principal impacto previsto é o aumento de vendas do agronegócio para a China, que deve reagir a sua taxa elevada reduzindo as compras dos Estados Unidos.

No primeiro governo de Donald Trump, esse efeito já foi observado, com alta nas exportações de soja do Brasil. Agora, o cenário é favorável para aumento das vendas de sorgo, já que Brasil e China assinaram um acordo no final de 2024 para aumentar as exportações desse cereal.

Quando a maior economia do mundo faz uma série de medidas que simplesmente rompem com qualquer compromisso que se tinha de regras de comércio, é ruim para todo mundo. Os ganhos de balança comercial para o Brasil poderão se acentuar nos próximos anos, pois, além das safras crescentes, a demanda chinesa por soja, milho e carnes dos EUA será́ desviada para nós. O mesmo vale para as outras commodities.

No caso do café, por exemplo, embora o produto brasileiro passe a ser taxado em 10%, outros fornecedores sofrerão tarifas ainda maiores, como Suíça (31%) e Vietnã (46%). Eventuais ganhos podem afetar alguns setores, mas o saldo geral é preocupante para a produção brasileira.

Embora a taxa global brasileira tenha ficado em 10%, alguns setores importantes serão impactados com taxas mais altas, como aço e alumínio, tarifados em 25% pelo governo Trump, independentemente do país de origem. A medida é significativa porque produtos derivados de ferro e aço são o segundo item brasileiro mais exportado para os EUA, tendo somado US$ 2,8 bilhões em vendas em 2024, ficando apenas atrás de petróleo (US$ 5,8 bilhões).

E há produtos para os quais o governo Trump disse ainda estudar novas tarifas, como cobre e madeira, esse último com mais relevância para o Brasil.

Enquanto os chineses importam muitas commodities brasileiras, os Estados Unidos são o principal comprador de produtos manufaturados do Brasil, como insumos e equipamentos para sua indústria. Os três itens mais vendidos aos americanos são petróleo, produtos semiacabados e outras formas primárias de ferro ou aço, e aeronaves e suas partes.

O acordo comercial entre Mercosul e União Europeia está em sua fase final de implementação, após 25 anos de negociação, mas ainda enfrenta resistências dentro do bloco europeu, lideradas pela França, devido ao receio do setor agropecuário francês com a entrada maior de produtos sul-americanos.

Segundo a agência de notícias Reuters, um porta-voz do bloco europeu disse que o acordo com o Mercosul seria uma "grande oportunidade" no novo contexto de incertezas geradas pelo tarifaço de Trump. O acordo prevê a redução de tarifas de importação, que pode ser imediata ou gradual (em até 15 anos), a depender dos setores. Essa liberação vai atingir 91% dos bens que o Brasil importa da União Europeia e, do outro lado, 95% dos bens que o bloco europeu importa do Brasil.

Caso entre em vigor, o acordo pode beneficiar o consumidor, com o potencial barateamento de produtos importados, como azeites, queijos, vinhos e frutas de clima temperado (frutas secas, peras, maçãs, pêssegos, cerejas e kiwis).

 


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