Muitos cronistas já escreveram sobre esse tema do Tempo, que passa ligeiro, voando! Quando eu era criança parece que o tempo parava, um ano demorava uns dez anos pra ser natal outra vez! E eu corria pra lá e pra cá, subia nos morros levando um carrinho e descia de carrinho descendo nos morros! Também corria subindo o morro da igreja, montava a cavalo e galopava. Naqueles tempos bem lá atrás, um ano na escola primária não acabava mais, demorava pras férias chegar! 

Hoje eu digo: - já tá chegando o natal de novo! Mas, naqueles tempos de outrora, dominados pela agricultura, a gente sabia o tempo para plantar e o tempo para colher. Quando era frio, era inverno, tempo de brincar na geada, de roçar o pasto, debulhar milho com as mãos e depois levar na atafona para fazer farinha de milho e depois fazer pão. Era tempo de colher pinhão e comer pinhão assado na chapa no fogão de lenha. Depois vinha o tempo das flores e dos beija-flores! As flores das árvores frutíferas com o tempo caiam e apareciam as frutas! Tempo de limpar o terreno e plantar.

O tempo depois esquentava, estava perto do natal! Tempo de subir nos pés de frutas e comer lá em cima, tempo de comer melancia, milho assado ou cozido! Eu me lembro dos tempos que eu subia nos morros correndo, e hoje subo devagar numa escada. Agora tudo vem e tudo vai tão ligeiro, só meus passos vão mais devagar! Hoje é preciso olhar no relógio e no calendário!

Pois é... já tá no dia de escrever mais uma crônica sobre minhas Reflexões Insólitas e enviar pra Portal da Via Pública! Gente, já já tenho de comprovar que estou vivo, senão será “cortado” o meu salário. Depois já vem o tempo de declarar o Imposto de Renda, pegar e pagar o  carnê do IPTU outra vez! O bom mesmo era ser como os personagens dos gibis, tipo Pato Donald e afins, eles nunca ficam idosos como a gente! Pois é, o tempo passa tão ligeiro agora... ele corre... e como corre... o tempo agora passa voando!