Atualmente, o computador mais potente do mundo é chamado de Frontier e é capaz de realizar mais de um quintilhão (seguido por dezoito zeros) de operações por segundo. Isso é bilhões de vezes mais poderoso do que o computador ou notebook que você possui em casa, independentemente de qual seja. Com todo esse poder de processamento, ele é utilizado em uma variedade de cálculos para pesquisas científicas em diversas áreas. Mas hoje não é exatamente sobre o Frontier que quero falar.

Há algum tempo, a Google vem investindo em pesquisa e desenvolvimento de computadores quânticos, e no início de julho, eles anunciaram em um artigo (fonte em inglês: https://arxiv.org/abs/2304.11119) que o projeto em que estão trabalhando, o supercomputador quântico Sycamore, realizou em questão de segundos cálculos que levariam 47 ANOS para o Frontier realizar.

Isso é muito interessante, mas na prática, o que um supercomputador quântico mudaria na sua vida, mesmo que indiretamente?

O primeiro ponto, com certeza, seria a segurança das suas senhas. Por melhor que seja a criptografia atualmente utilizada pelos bancos, provedores de internet e aplicativos de mensagens, ela poderia ser quebrada em questão de segundos. A partir do momento em que esses computadores começarem a operar, todo o sistema de segurança que utilizamos na internet teria que ser revisado.

Em seguida, o impacto seria sentido na otimização de processos e logística. Os computadores quânticos podem resolver problemas de otimização complexos em um tempo muito mais curto do que os computadores clássicos. Isso pode ser aplicado em diversas áreas, como logística, planejamento de rotas, alocação de recursos, análise de dados e tomada de decisões estratégicas. Imagine o quão mais rápido e menos custoso os processos de transporte podem se tornar.

E, é claro, o principal objetivo do desenvolvimento desse tipo de computador é impulsionar a medicina e as pesquisas científicas, o que, a longo prazo, afetará mais a vida das pessoas. Os computadores quânticos podem ser utilizados para realizar simulações complexas em áreas como física quântica, química, astrofísica e biologia. Isso pode ajudar a compreender fenômenos naturais complexos, como a estrutura de proteínas, a dinâmica de reações químicas e a formação de materiais. Essas simulações podem levar a avanços científicos significativos e ao desenvolvimento de novos materiais, à descoberta de medicamentos, diagnósticos mais precisos e personalizados, e à possibilidade de tratamentos mais eficazes para diversas doenças.

Quem sabe esse computador não nos ajude a encontrar a cura do câncer?

Aguardamos ansiosos pelas próximas notícias dessa área.