Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, conhecida como princesa Isabel, princesa imperial do Brasil, é a personagem histórica feminina mais citada em nosso país. Filha do imperador D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias. Sua grande notoriedade provém do fato de ter sido ela que assinou a Lei Áurea, a lei que aboliu a escravidão no Brasil. Em virtude desse gesto histórico, a princesa Isabel recebeu o título de “A Redentora”.

Izabel nascida em 29 de julho de 1846, foi declarada herdeira do trono brasileiro aos 11 meses de idade, pois seus dois irmãos homens morreram ainda na infância.

Aos 18 anos casou-se com Luís Filipe Maria Fernando Gastão, aristocrata francês Gastão de Orleãs, o Conde d'Eu, com quem teve três filhos, Pedro de Alcântara (Príncipe do Grão-Pará), Luís e Antônio. O Conde d'Eu ficou famoso não apenas por ter se casado com a princesa Isabel, mas também por ter sido um dos comandantes do Exército Brasileiro na famosa Guerra do Paraguai e por ter ordenado um dos maiores massacres da América do Sul, na última fase dessa guerra.

Assumiu o poder como princesa regente na ausência do pai. Em três ocasiões que o Pai estava fora do Brasil, ela assumiu. Em 1871 sancionou a Lei do Ventre livre, promulgada em 28 de setembro do mesmo ano, resolvia que nenhuma criança nascida de escravas negras seria também escrava.

Na segunda regência de 1876 e 1877, a princesa teve que enfrentar problemas de ordem política e pessoal. Houve a terrível seca do Nordeste nesse período, difícil de ser remediada. Além disso, houve um forte embate político-religioso entre dois grupos: o dos maçons e o dos católicos. Uma grande pressão pública recaía sobre Isabel, e seus críticos contestavam sua capacidade de substituir o pai. Isabel, sem a habilidade do pai e tendo sofrido um aborto no mesmo período, preferiu recolher-se em Petrópolis.

Na terceira regência entre o fim de 1887 e o início de 1888, a princesa Isabel, mais madura, aderiu explicitamente à causa abolicionista, passando a se envolver diretamente com protagonistas do assunto, tais como André Rebouças e Joaquim Nabuco. Nesse período, ela entrou em confronto direto com o Ministro Barão de Cotegipe, escravocrata, que foi obrigado a se demitir do posto. Foi nessa terceira estadia no poder que, em 13 de maio de 1888, a princesa assinou a Lei Áurea.

Que se diga que a abolição não foi resultado da benevolência dela, mas de um processo de luta de abolicionistas e escravos ao longo da década de 1880. A princesa Isabel teve o mérito de assinar o documento, o que, muito provavelmente, D. Pedro II jamais teria coragem de assinar, por conta das reações que isso poderia causar entre as elites econômicas, que o sustentavam no poder.

Após o golpe militar que destronou D. Pedro II, em 15 de novembro de 1889, muitos movimentos que exigiam a restauração da monarquia apareceram no Brasil. Nesse contexto, a princesa Isabel, que estava exilada com a família em Paris, estaria cotada para assumir o trono, já que seu pai morrera na mesma cidade em 1891. Mas Isabel preferiu evitar derramamento de sangue e resignou-se a não mais pretender ser imperatriz do Brasil. Morreu no exílio, em 14 de novembro 1921, no Castelo d'Eu, em Paris

Obrigado Izabel pelo exemplo de humanidade e luta social que por combates e enfrentamentos teve coragem. Mas até hoje lutamos pelas diferenças de raças, de línguas, cores e ideologias muitas.