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Taxa Selic nos assombra novamente

A Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é uma taxa básica de juros usada pelo Banco Central para influenciar as outras taxas de juros do país, praticadas por bancos e demais instituições do sistema financeiro. Foi criada no dia 4 de março de 1999, a taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Copom é um órgão composto por 8 diretores do Banco Central do Brasil, que se reúnem a cada 45 dias para estabelecer nossa taxa básica de juros.

Mas o que acontece com aumentos ou diminuições da Selic. Quando a taxa diminui, o crédito fica mais acessível, pois os bancos tendem a reduzir as taxas de juros para estimular o consumo. Em um cenário de Selic em alta, o cenário é o oposto. Quando a Selic aumenta e o acesso ao dinheiro (crédito, empréstimos, financiamentos…) fica menor, o consumidor para de fazer gastos maiores. No longo prazo, essa estratégia controla a inflação por gerar menor demanda e, consequentemente, oferta mais barata.

È a taxa usada pelo Banco Central para incentivar os investimentos e controlar a inflação, enquanto o IPCA é quem fornece as informações sobre a oscilação dos preços na economia real, que serão usados para definir se a Selic deve subir, descer ou se manter estável.

A Taxa Selic é a taxa básica da economia e impacta a todos, independentemente de condição social, e alguns dos efeitos dos juros altos (conforme forbes.com.br) e importante relatar são:

  1. Redução do consumo das famílias: de acordo com dados divulgados em janeiro deste ano pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), quase 78% das famílias brasileiras estão endividadas e duas entre dez famílias comprometem mais da metade de sua renda mensal para pagar dívidas. A taxa de juros alta torna essas dívidas mais caras, consequentemente, as famílias precisam reduzir seu consumo, impactando diretamente o resultado das empresas e a economia como um todo;

 

  1. Desaceleração do crescimento econômico: as empresas deixam de investir em expansão ou em criação de novos empreendimentos, pois, além de os juros de empréstimos ficarem muito altos, não compensa usar suas reservas em expansão, já que o consumo das famílias está achatado e, mantendo investido o dinheiro, a rentabilidade é maior do que a margem de lucro que teriam com a venda de seus produtos e serviços;

 

  1. Menor oferta de emprego: se as empresas não crescem, logo, não geram mais empregos. Ao contrário disso, podem inclusive reduzir seu quadro de funcionários para adequar os custos ao momento econômico;

 

  1. Maior desemprego eleva os custos do governo com programas sociais: seguro-desemprego, cestas básicas, saúde pública, entre muitos outros custos do Estado, tornam-se maiores à medida que mais famílias não têm como se sustentar com sua própria renda;

 

  1. Dívida pública mais alta: o governo financia boa parte de suas atividades através dos recursos vindos dos Títulos do Tesouro, e pelo menos um terço da dívida pública federal é indexada pela Selic. Se os gastos do governo para manter o país funcionando demandam mais dinheiro, isso significa vender mais títulos da dívida para financiar seus custos. Sendo assim, quando a taxa está alta, é maior o valor dos juros que o governo precisa pagar àqueles que possuem títulos da dívida pública;

 

  1. Risco-Brasil tende a subir: com o aumento dos gastos do governo com a dívida pública, o score do país junto às agências de classificação de risco fica menor, e, obviamente, esse fator – aliado à incerteza gerada quanto à capacidade do Banco Central de gerir sua política monetária – afugenta parte dos investidores internacionais;

 

  1. Dólar em alta: se os investidores internacionais deixam de investir aqui, para levar embora seu capital, eles precisam transformá-lo em dólares, ou seja, a demanda pela moeda eleva o valor do câmbio, o que acaba por encarecer a maioria dos produtos de consumo do cotidiano.

Percebe que é um efeito dominó e que tudo está interligado e que, combinados, determinam os rumos da economia de um país.

Há segmentos que conseguem repassar mais facilmente seus custos para o preço final dos produtos, enquanto outros têm maior dificuldade e, portanto, acabam tendo que absorver por mais tempo a elevação de custos sem aumentar os preços para o consumidor.

Empresas que possuem maior endividamento ou aquelas que dependem diretamente do consumo da população, como construtoras e varejistas, têm seus resultados afetados de forma mais intensa. Com lucros menores, as ações tendem a cair.

Inversamente, o setor bancário, por exemplo, pode se beneficiar da alta de juros, caso não reduza seu spread, que é a diferença entre o custo de captação de dinheiro e os juros cobrados nos empréstimos concedidos. Se a diferença fica maior, isso resulta em lucratividade e valorização dos ativos.

Portanto queridos leitores que sorte está lançada nesse dominó sem dó em nosso bolso.


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