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LIRAa revela mais de 130 mil depósitos com água parada em Santa Catarina

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Dive, já foram confirmados 83.142 casos. Foto: Tony Winston / Ministério da Saúde.

O novo Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2022, divulgado nesta quinta-feira, 8, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), da Secretaria de Estado da Saúde, revela que 20 municípios (15,2%) apresentam médio risco e 112 (84,8%) apresentam baixo risco de transmissão de dengue, chikungunya e Zika. Nenhum município infestado pelo mosquito foi classificado com alto risco de transmissão. No LIRAa realizado no mesmo período de 2021, 8,6 % dos municípios apresentavam alto risco de transmissão das doenças e a maioria, 46,6% foram classificados como médio risco.

Em 2022, 135.369 depósitos foram inspecionados sendo que os mais predominantes foram: pequenos recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes (36,3%), lixo e sucata (27%) e os recipientes fixos como calhas e piscinas (17,5%). Os recipientes inspecionados são aqueles que contém água e podem servir como criadouros para reprodução do Aedes aegypti. Na atividade realizada no mesmo período em 2021, foram inspecionados 52.405 depósitos.

Conforme definido na Estratégia Operacional do Estado de Santa Catarina, os municípios considerados infestados pelo mosquito devem realizar o LIRAa duas vezes ao ano. Ao todo, 132 municípios fizeram o levantamento.

Acesse a Estratégia Operacional do Estado de Santa Catarina.

Os dados do LIRAa foram apresentados, durante a reunião da sala de situação, pela gerente de zoonoses, Ivânia Folster. “O objetivo é que, com o levantamento, os municípios conheçam sua realidade e tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de controle do mosquito Aedes aegypti, neste momento que antecede o período de maior ocorrência de casos”, afirma a gerente. Na ocasião também foi apresentado um resumo de todas as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), as quais englobam apoio técnico às equipes municipais, capacitação de profissionais, aplicação de inseticidas e repasse de recursos financeiros para enfrentamento da epidemia.

O diretor da Dive, João Augusto Brancher Fuck, destacou a importância da intensificação das ações neste momento, considerando que o aumento da temperatura e das chuvas garante um ambiente favorável para aumento no número de focos. “Os resultados do LIRAa mostram que não temos municípios em alto risco para transmissão da dengue, chikungunya e zika. Entretanto, esse resultado precisa ser avaliado com cautela, considerando que a própria atividade demonstrou um número significativo de recipientes com água, possibilitando uma mudança rápida do cenário. E é importante lembrar que a atividade de inspeção ocorre apenas em uma amostra dos imóveis, de forma que o número de recipientes com água pode ser muito maior, ainda mais após as intensas chuvas registradas no estado nos últimos dias”, alerta o diretor.

O controle do Aedes aegypti depende da ação de toda a população. São ações simples, que se realizadas uma vez por semana, eliminando ou adequando locais com água parada, contribuem para a redução do risco de transmissão dessas doenças. Esses cuidados alinhados com as ações do poder público, de vigilância e controle da doença, fazem a diferença e reduzem o risco de transmissão.

Clique aqui e confira o boletim LIRAa completo.

Foto: Rodrigo Nunes / Ministério da Saúde

LIRAa

O LIRAa permite a identificação de áreas com maior proporção e ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, Zika e chikungunya. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).

LIRaa de abril

O primeiro boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2022, revelou que 45 municípios de Santa Catarina apresentavam alto risco de transmissão de dengue. A maioria deles na região Oeste do estado. Além disso, o relatório identificou que 33 municípios apresentaram médio risco e 22, baixo risco.

Dengue em SC

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Dive, já foram confirmados 83.142 casos de dengue, desses, 80.620 são autóctones (com transmissão dentro do estado), 26 casos de chikungunya.

O informe atualizado com dados de dengue, Zika e chikungunya pode ser acessado aqui.

Veja aqui os sintomas da doença. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.

Prevenção

Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
Mantenha lixeiras tampadas;
Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
Mantenha ralos fechados e desentupidos;
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
Retire a água acumulada em lajes;
Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

Clique aqui e saiba mais sobre como ajudar no controle do mosquito Aedes aegypti.

*Governo de Santa Catarina. 

 

Grazielle Delfino


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