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O acusado de tentar matar a ex-namorada e o pai dela em Curitibanos retornou para o presídio graças a um recurso interposto pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele havia conseguido o direito de responder ao processo em liberdade, mas voltou a cumprir prisão preventiva por decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
A denúncia oferecida pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Curitibanos, com base nas investigações dos órgãos competentes, afirma que, em 1º de março deste ano, o réu cometeu duas tentativas de homicídio, além dos crimes de ameaça, deterioração de coisa alheia e subtração.
"Estamos satisfeitos com o retorno da prisão preventiva e nosso objetivo é que ele seja levado a julgamento pelos atos praticados", explica o Promotor de Justiça Raul Gustavo Juttel, que atua na área criminal.
De acordo com a denúncia, naquela manhã o réu danificou o carro da ex-namorada no Centro da cidade, chutando a porta do motorista e o retrovisor direito. Na sequência, ele roubou seu celular, a ameaçou de morte e a arrastou pelo asfalto segurando-a pelos cabelos, o que provocou lesões na cabeça, nos braços e nas pernas.
Ainda segundo a denúncia, mais tarde o réu tentou atropelar a mulher e seu pai com uma camionete no momento em que chegavam em casa. "Os homicídios não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade do denunciado, afinal populares interviram no momento das investidas e as vítimas conseguiram escapar das ofensivas", narra o documento.
A ação foi filmada pela câmera de videomonitoramento de um vizinho. As vítimas foram levadas para o hospital Hélio Anjos Ortiz, onde receberam atendimento médico.
O réu foi preso em flagrante, teve a prisão convertida para preventiva na audiência de custódia, mas foi solto uma semana depois, sob a alegação judicial de que "medidas cautelares seriam capazes de garantir a não reiteração e o andamento da instrução criminal".
Na mesma noite, o MPSC interpôs um recurso contra a decisão judicial, afirmando que "a prática dos crimes provocou grande comoção social e que a soltura prematura do suspeito transmitiria à população um sentimento de impunidade". Agora o pedido foi acolhido e o réu voltou para cadeia, onde permanecerá à disposição da Justiça.
*MPSC.
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